quinta-feira, 15 de maio de 2014

Diário dos Perplexos/Se não é o eterno retorno do fascismo, pode bem ser o diabo por ele...

Numa entrevista dada à Al-Jazeera em 29 de Outubro de 2011, o psicobolche  Slavoj Žižek (segundo algumas abantesmas, uma combinação pérfida de marxismo e lacanismo ) constatava ominoso  que o  casamento entre o capitalismo e a democracia tinha acabado e que agora tudo estava em aberto. De facto, o que se entrevê não é resserenador: não se trata da ameaça tremendista e dantesca de um Führerprinzip, como diz aqui o António Guerreiro, mas de aniquilação da potência da decisão política como jogo dos possíveis e da inculcação da experiência do medo na vida activa e inactiva mediante os renascentes microfascismos  empresariais e as diligentes políticas de insegurança social. Se não é o Eterno Retorno do Fascismo, pode bem ser o diabo por ele.

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