quarta-feira, 10 de março de 2010

FREUD - Je t'aime ... moi non plus


















É a psicanálise, epistemicamente, uma teoria freudulenta? Acumula postulados infundados e propõe a existência de "objectos teóricos" fictícios ( Inconsciente, Complexo de Édipo, Tópicas)? É a ontologia do psiquismo humano proposta pelo Freudismo negada pelas neurociências? E do ponto de vista histórico-filosófico? Consuma a psicanálise o projecto crítico emancipatório das Luzes ou constitui uma regressão antimoderna e antifilosófica a uma Weltanschauung pessimista da civilização e da cultura? O pansexualismo freudiano é da direita ou da esquerda moral? Anarco-porno-libertário-libertino-permissivo ou rigorista? É a práxis terapêutica do psicanalista da ordem da magia? Os seus efeitos são da ordem dos placebos? Condenou Freud a masturbação e o onanismo por denotarem uma sexualidade narcísica? E a homossexualidade? Defende Freud nos seus escritos que a homossexualidade é uma sexualidade parcialmente desenvolvida e incompleta? É Freud um misógino falocrata que considera que a mulher é um rapaz inacabado.
Polémica interminável, protagonizada também por dois notáveis do mainstream cultural francês - Michel Onfray ( ao ataque) e Jacques-Alain Miller (à defesa) - no número de Fevereiro da revista Philosophie.

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