terça-feira, 28 de agosto de 2012

Philosophie Pop


Comme le sparadrap du Capitaine Haddock, la question du sens de la vie  n'est pas de celles dont on se débarrasse facilement. Beaucoup s'y sont essayés, de Camus à Monty Python et de Leibniz à Woody Allen,  mais aucun n'y est aussi bien parvenu que certains dessinateurs. S'il est un domaine où la bande dessinée possède une supériorité évidente sur tous les autres arts, c'est bien dans cette capacité à exprimer en trois mots et deux traits de crayons  pourquoi il y a quelque chose plutôt que rien, s'il faut mourir ou vivre et si vraiment tout cela a un (non) sens.
Et nous ne doutons pas que le lecteur de ce numéro spécial bande dessinée y trouvera, structuré en six questions essentielles, de quoi affronter sur la plage ses vagues à l'âme ontologiques…
Philosophie Magazine

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Nacional Citacionismo - da mentira

«Saído de um tribunal onde se ouviram versões contraditórias do mesmo acontecimento, o senhor Valéry disse:
- A única hipótese da verdade sobreviver é multiplicá-la. Se a verdade é uma única e a mentira pode ser todos os biliões de possibilidades que restam, então, descobrir a verdade será quase impossível: um acaso milagroso; e a mentira, pelo contrário, aparecerá sempre, em todo o lado.»

Gonçalo Tavares - O Senhor Valéry

Internacional Citacionismo - da verdade

«Não seja tão convicto. Não existem verdades absolutas.»
«Eu sei. Mas existe a verdades simples, não existe?»

Rubem Fonseca - Bufo & Spallanzani

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

SeX Files - Decisionismos


No Liberdade, há uma personagem de Jonathan Franzen que percebe que as decisões pós-coito são muito mais realistas do que as decisões pré-coito. Sobre a procrastinação da decisão inter-coito nada cogitou a personagem, que acabou por decidir-se pelo Montaigniano mole e suave travesseiro da indecisão.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Dirty Projectors - música para ser grande



Nick Hornby, de novo. Se abandalhar os gostos dos nossos filhos é um dos poucos prazeres que nos sobejam quando começamos a envelhecer, a tornar-nos descartáveis e culturalmente marginalizados, o que fazer quando os juvenis deixam de gostar de candy pop music, ou de rock e hip hop porcinos, e passam a gostar do novo álbum dos Dirty Projectors?  

O que pode uma canção?



No livro 31 songs, Nick Hornby confessa tentar não acreditar em deus e, sendo escritor, não ter paciência para o inefável. Que os tenha encontrado no início do segundo verso de uma canção sobre as alegrias da misantropia e do solipsismo  - One Man Guy, de Rufus Wainwright – só nos pode dar razão: ninguém sabe o que pode uma canção pop.