sexta-feira, 11 de março de 2011

Leituras da Crise - Global Generation


Em 2007, no livro Global Generation os sociólogos Ulrich Beck e Elisabeth Beck-Gernsheim perguntavam: Há “gerações globais”? O que significa “geração global”? A referência geracional inscrever-se-á ainda na territorialidade delida do estado-nação? Carecerá de um “ponto de vista cosmopolita que elucide as dinâmicas geracionais que exacerbam as tensões intergeracionais no seio das nações e as afinidades e conflitos intra-geracionais entre nações” ? Persista-se: o que haverá de comum e incomum entre a juventude da “Revolução do Jasmim” tunisina e a portuguesa “Geração à Rasca”? As gerações têm, insitamente, diversas partições e fraccionamentos, pelo que um tenteio de resposta às questões enunciadas podia ser dada por este exemplo, tomado a esmo de Ulrich Beck e Elisabeth Beck-Gernsheim : “ Por exemplo, as globalizadas “Gerações do Consumo” compreendem diferentes fracções; não somente aquelas que compram e vivem as marcas do consumo e imagens, mas também aquelas que, sendo incapazes de comprar e viver estes símbolos, arriscam as suas vidas para se tornarem migrantes para os paraísos do consumo no Ocidente ou no Dubai.”

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