A tradição judaico – cristã jungiu sexo e casamento tão estreitamente, que o primeiro era definido pelo segundo. Tínhamos então a sequente e agónica progressão erótica: sexo pré-marital, sexo marital, sexo extra-marital. Tropeçávamos no primeiro, quedávamo-nos no segundo, resvalávamos para o terceiro. Mas só no quarto, o pós-marital, descobríamos a sageza das palavras de Lord Chesterfield, escritas em missiva célebre endossada ao seu filho: «o prazer é momentâneo, a posição é ridícula, e o preço a pagar incomportável.»
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