No livro Até Onde Se Pode Ir, David Lodge biografou as vidas eróticas de um grupo de estudantes universitários católicos ingleses, nascidos no pós-guerra, para os quais a revolução sexual chegou tarde de mais. Nados, desmamados e criados na ortodoxia vaticanista do Catolicismo, rigorista e sexófoba, a via profana do sexo, pré-marital, marital, extra-marital, pós-marital, é uma via crucis de temores e ardores, dúvidas e aporias - o que se pode fazer? Quais os limites? Até onde se pode ir? Usando um anódino ardil dialógico intertextual, façamos responder a estas dúvidas uma personagem do Orgias, de Luís Fernando Veríssimo:
- Eu acho que na cama vale tudo, menos legumes. Já perdi a namorada porque disse que o meu limite era o pepino. E nos dávamos bem, ela também era do coral da Igreja.
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