É tão importante e feio falar
sobre o dinheiro: o que embolsamos ou não embolsamos, o que nos abunda ou
rareia. É tão loquaz e claro o vil metal, agora que alguns ascetas concitam à frugalidade
e, hipócrita e cristãmente, fazem apólogos à pobreza. Relembremos com Pascal
Bruckner o que todos sabem: Nada de mais feio, de mais aberrante, do que o
elogio da pobreza feito por alguns doutrinadores cristãos, como se ela em si
mesma fosse dotada de uma virtude superior. A pobreza sofrida é odiosa para
quem acumula privações e humilhações, reforça as dificuldades pela vergonha. Em
todas as circunstâncias o dinheiro deve ser classificado entre os “preferíveis”
(Séneca), do qual é permitido dispor se o destino vos colocar em posição de o
ter.
Ninguém condenou a sabedoria à
pobreza, recordarão, adossados à sageza antiga de Séneca, os
conselheiros da EDP. Isto, se a fortuna os colocou em posição de o ler.
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