quinta-feira, 10 de julho de 2014

Vão perdoar-me, mas é que depois de me lembrar deste texto do Henrique Raposo, ontem publicado no Expresso Diário, e do Victor Gaspar no regaço de Herr Schäuble, em Maio de 2013, afirmo desde já para memória futura que, se a Argentina ganhar à Alemanha, serei acometido por uma alegria breve e animosa, para a qual os alemães, aliás, têm o vocábulo exacto - Schadenfreude. Raposo e Schäuble - 0/Borges – 1.

Não direi como Borges que el fútbol es uno de los mayores crímenes de Inglaterra (o autor argentino escreveu com Adolfo Bioy Casares um conto sobre a natureza delusória do futebol, intitulado berkleyanamente Esse Est Percipi), mas o enfartamento de nacionalismo hinologista e patrioteiro associado ao campeonato do mundo faz-me mal ao esprit de finesse, e, como diria o Borges, el nacionalismo sólo permite afirmaciones y, toda doctrina que descarte la duda, la negación, es una forma de fanatismo y estupidez. Ora nem mais! Mas depois do amargor deste sentimento fricativo que o Borges e eu temos pelo futebol e pelos nacionalismos, gostaria de vos falar de um sentimento mais jovial.
Vão perdoar-me, mas é que depois de me lembrar deste texto do Henrique Raposo, ontem publicado no Expresso Diário, e do Victor Gaspar no regaço de Herr Schäuble, em Maio de 2013, afirmo desde já para memória futura que, se a Argentina ganhar à Alemanha, serei acometido por uma alegria breve e animosa, para a qual os alemães, aliás, têm o vocábulo exacto - Schadenfreude. Raposo e Schäuble - 0/Borges – 1. 

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