Há um ror de anos, um grupo de investigadores do King's College concluía que o ponto G não existia, e que essa suposta zona erógena paroxística não era senão uma construção cultural, alimentada por revistas femininas e terapeutas sexuais. Mas, em bom rigor, a ciência também é uma construção social e, pelo sim pelo não, todos os homens forcejaram e perseveraram no "procura e encontrarás" preceituado em Mateus. De modo que, não fosse outro estudo, o Correio da Manhã e o blog do Francisco José Viegas, não teríamos suspirado "ufa!", "safa!", "finalmente!", em Manhattan ninguém teria ouvido Woody Allen glosar-se "não apenas o ponto G não existe, como tente encontrar um canalizador num fim de semana", a Sociologia da Ciência não teria discreteado sobre a construção social dos objectos científicos (Bruno Latour não teria aberto uma garrafa de Don Perignon) e Alberto Manguel e Gianni Guadalupi não teriam escrito uma nova entrada no "Dicionário de Lugares Imaginários".
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