Esta gentalha não percebe ou percebe muito bem, mas eu compreendo-os. Habituados à sordície do comércio entre negócios e política, justiça e política, futebol e política, imprensa e política, fazem da moral curial a puta de plantão ao serviço da política - sempre disponível. Houve governantes que se demitiram por fazerem gestos cifrados e chifrudos e governantes que se demitiram devido a piadolas alumíneas sobre o futuro
post mortem de envenenados na hemodiálise, e aí, presuntivamente, talvez o pedido de desculpas e a moral curial não tenham sido uma hipocrisia em que o vício presta homenagem à virtude ( pace, La Rochefoucauld). Mas esta gentalha de agora não percebe ou percebe muito bem que, em política e quando se trata de erro palmar, o pedido de desculpas e a exculpação, a moral curial, não substituem a demissão - desculpar-se, exculpar-se e demitir-se são o uno e trino tributo que o homem político deve prestar à virtude política . O resto são putinhices.
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