O teólogo Hans Küng, na
sua obra Islam: Past, Present and Future,
assevera que o estado do conhecimento do Islão entre muitos dos seus contemporâneos
é de nível medieval. Embora
imprecisa, a adjectivação confessa a ignorância cristã do Islão, que é também a
ignorância da sua herança textual matricial – o Corão
.
«O primeiro monumento
da língua árabe contém, segundo uma compilação do século XIII, 323015 letras,
77439 palavras, mais de 6000 versículos e 114 suratas. Um livro de modesta
extensão, comparado aos mastodontes de outros monoteísmos. Mas um livro de
difícil acesso, que passa de versículos de beleza selvagem a declarações longas
e fastidiosas. É necessário dizer que foi feito para ser recitado, e que neste
caso – dizem aqueles que são capazes – possui uma força retórica excepcional.
Os outros aproveitarão em pedir aos filósofos-barqueiros que os façam passar da
margem para o texto.»
Philosophie Magazine
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