quinta-feira, 5 de março de 2015

Al-Karim ("o Nobre")


O teólogo Hans Küng, na sua obra Islam: Past, Present and Future, assevera que o estado do conhecimento do Islão entre muitos dos seus contemporâneos é de nível medieval. Embora imprecisa, a adjectivação confessa a ignorância cristã do Islão, que é também a ignorância da sua herança textual matricial – o Corão
.
«O primeiro monumento da língua árabe contém, segundo uma compilação do século XIII, 323015 letras, 77439 palavras, mais de 6000 versículos e 114 suratas. Um livro de modesta extensão, comparado aos mastodontes de outros monoteísmos. Mas um livro de difícil acesso, que passa de versículos de beleza selvagem a declarações longas e fastidiosas. É necessário dizer que foi feito para ser recitado, e que neste caso – dizem aqueles que são capazes – possui uma força retórica excepcional. Os outros aproveitarão em pedir aos filósofos-barqueiros que os façam passar da margem para o texto.»


                                                                                                      Philosophie Magazine

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