Há um ror de anos,
Pascal, pungido por dores de estômago e enxaquecas malinas, terá escrito que todos os males acontecem ao homem por ele
não ficar quieto no seu quarto, e Proust, o eremita do quarto forrado a cortiça, apegou-se ao apólogo como
romeiro ao orago e por aí se quedou.
Os grandes mestres do
desassossego e da inquietação eram homens que frequentemente se encontravam imobilizados,
e, a crer no Ballard de Millennium People,
viajar é a última fantasia que o século
XX nos deixou, a ilusão de que ir a algum lado nos ajuda a reinventarmo-nos.
Ora, qual é o homem judicioso que deseja tal coisa?
Sem comentários:
Enviar um comentário