domingo, 8 de maio de 2016

A escritora Agustina Bessa Luís escreveu sobre "os colégios que são para o resto da vida como um cartão de visita", e sabia, e como sabia!, que quem os escolhe não tem em grande apreço o liberalismo.

Como lembrava alguém recentemente, a grande maioria dos encarregados de educação que agora apregoam o direito à "school choice" não são verdadeiros liberais. Se fossem, pugnariam pela generalização do cheque-ensino e cuidariam de saber da absoluta lisura e igualdade de oportunidades na admissão em todas as escolas privadas. O problema é que, do ponto de vista de muitos destes pais, a atractividade dos colégios reside, justamente, na sua natureza selecta, nas constrições impostas na admissão dos seus alunos, e na cultura de escol que vigora em muitas deles: procura-se uma educação de excelência, mas, mais importante do que isso, procura-se um regime de excepção e de diferenciação ( no qual conhecer as pessoas certas numa ambiência reservada não é de somenos importância ), que garanta e promova uma espécie alpinismo social.
A escritora Agustina Bessa Luís escreveu sobre "os colégios que são para o resto da vida como um cartão de visita", e sabia, e como sabia!, que quem os escolhe não tem em grande apreço o liberalismo.

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