As novas tecnologias ameaçam o "silêncio" e o "intimismo" necessário à descoberta das grandes obras literárias e filosóficas? Sim, responde
George Steiner. A qualidade do silêncio está organicamente
ligada à da linguagem, e o gadgetismo proliferante das novas Tecnologias
do Espírito tem uma propensão distrativa dissonante com aquilo que Derrida designava como a clausura do livro ( la clôture du livre) e a abertura do texto (l`ouverture du
texte). Diz Steiner: as
pessoas vivem no meio da algazarra. Já não há noite nas cidades. Os jovens
têm medo do silêncio. O que vai acontecer às leituras sérias e
difíceis? Ler uma página de Platão com um walkman nos ouvidos?!
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