quarta-feira, 11 de abril de 2012

Nihilismo Gay: Activo/Passivo



Todas as gerações, desde esses idos de 60, tiveram os seus sinais exteriores de revolta. Foram os cabelos compridos, as drogas, as calças à boca-de-sino, as barbas à Fidel Castro, os posters de Che Guevara colados na parede do quarto.
Ora a exposição da homossexualidade é hoje uma delas. E a opção gay é uma forma de negação radical: porque rejeita a relação homem-mulher, ou seja, o acto que assegura a reprodução da espécie. Nas relações homossexuais há um niilismo assumido, uma ausência de utilidade, uma recusa do futuro. Impera a ideia de que tudo se consome numa geração – e que o amanhã não existe. De resto, o uso de roupas pretas, a fuga da cor, vão no mesmo sentido em direcção ao nada.

José António Saraiva - Jornal Sol


Nietzsche definiu o drama do homem nihilista, do homem que do mundo tal qual é julga que não deveria ser, e do mundo tal qual deveria ser julga que não existe. É o drama de  José António Saraiva, um nihilista da dissolução dos valores, reactivo e passivo, a afundar-se no crepúsculo do ressentimento, em direcção ao nada.



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