A raposa sabe muitas coisas, mas o ouriço sabe uma
coisa muito importante
Arquíloco
Três com
distúrbios de atenção por hiperactividade, dois com défices verbais acentuados
na fluência verbal e conhecimento linguístico, dois com Q.I. abaixo da média,
dois com défices graves na capacidade de cálculo e raciocínio, três com pais e
mães desempregados. Para eles, ao contrário do que acontece ao poeta F.
Echevarría, a distracção não é um santo
país do conhecimento. Não sabem muitas coisas, como os bons alunos,
mas à semelhança do ouriço de Arquíloco sabem uma coisa muito importante: não
querem estar ali. A coisa mais
difícil para o professor é dar aos alunos o que eles querem, porque os alunos não
sabem o que querem, sabem o que não querem.
Uma aula
preparada como uma batalha em campo aberto, um derby, uma liturgia: a minudente
ocupação dos tempos e dos espaços. O tacticismo pedagógico do estagiário zelota.
Por fim,
deixo de saber muitas coisas, como sabe a raposa de Arquíloco, mas fico ciente de uma coisa muito importante.
Jogar como nunca, perder como sempre.
Como o Sporting.
Jogar como nunca, perder como sempre.
Como o Sporting.
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