Sim,
senhor Firmino, o seu filho voltou a faltar, senhor Firmino.
E enquanto na linha perpassa a costumada exprobração aturdida - aquele malandro, grande malandro, eu desanco-o! -, vou cismando na malandrice do malandro: saída de casa matino-pontual; mochila às costas; o até logo confiado; o corricar ao autocarro; o chegar ao portão da escola e, súbito, o sorrir, o parecer lembrar-se da
citação de Nietzsche - quem não tem dois
terços do dia para si é escravo –, o cirandar para o café. O único
problema, penso eu (mas isto sou eu a pensar), é o malandro, assim, não chegar
a ler o Nietzsche.
Sim,
senhor Firmino, eu vou falar com o malandro.
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