Alhures, uma escola do
norte, famílias desestruturadas, inaptas
(tradução do idiolecto: pobres, miseráveis, ignaras), alunos com algumas especificidades em termos de comportamento (tradução
do idiolecto: mal-educados, violentos, pré-delinquentes), um aluno enfuriado, um
pequeno intermezzo de violência:
colega e professor agredido, um vigilante cardíaco morto na tentativa de suster
o irreparável, um vereador da
educação opinioso a pipilar que a agressão
ao elemento da direcção foi desagradável.
Tudo isto é ordem do irreparável, e o irreparável, diria
Agamben, é que as coisas sejam assim como
elas são, dessa maneira ou de uma outra, entregues sem remédio à sua maneira de
ser. É irreparável o facto da família ser inapta, o comportamento,
o coração irreparável, o paleio adoçado do camarista.
Reuniões intercalares: ponto
único: reparar o irreparável.
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