Recentemente, um repentista comentador televisivo asseverava que a origem socioeconómica dos
alunos era irrelevante na consideração dos seus desempenhos escolares, arrumando assim de uma penada decénios de investigação sociológica.
Isto sem o mínimo reparo, objecção ou questionamento do entrevistador.
Do que falamos quando
falamos de um comentador televisivo? De um prêt-à-penser
munido de uma visão panóptica sobre o real social? De um especialista em
generalidades que sobrepaira sobre os temas instantes em voo planante?
O que dizer do
jornalismo televisivo? Do seu saber formular e lacunar? Da sua univocidade? Do
seu descaso da complexidade? Da sua impreparação? O que se passa com os
jornalistas? Karl Kraus responderia: ausência
de ideias e a habilidade para o expressar.
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