sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A televisão não sabe administrar sabiamente a tristeza

A televisão não sabe administrar sabiamente a tristeza e as reportagens sobre eventos infaustos não têm sabedoria trágica. Nada de mais verdadeiro. Sobeja a despudorada fancaria emocional, o pathos kitsch, o tal que gera o pejo próprio no despudor alheio quando o jornalista pergunta a um passante como se sente agora que o rei morreu, como se cumpliciássemos com ele por dele sermos espectadores. Mas quando o passante responde, di-lo-ia o Kundera da Insustentável Leveza do Ser, o Kitsch é estuante e comovente como qualquer outra fraqueza humana.

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