Numa entrevista dada à Al-Jazeera em 29 de
Outubro de 2011, o psicobolche Slavoj
Žižek (segundo algumas abantesmas, uma combinação pérfida de marxismo e
lacanismo ) constatava ominoso que o casamento
entre o capitalismo e a democracia tinha acabado e que agora tudo estava em aberto. De facto, o que
se entrevê não é resserenador: não se trata da ameaça tremendista e dantesca de
um Führerprinzip, como diz aqui o
António Guerreiro, mas de aniquilação da potência da decisão política como jogo dos possíveis e da inculcação da experiência do
medo na vida activa e inactiva mediante os renascentes microfascismos empresariais e as diligentes políticas de insegurança
social. Se não é o Eterno Retorno do Fascismo,
pode bem ser o diabo por ele.
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