Na mitologia, o deus do
tempo oportuno, Kairós, filho de Chronos e de Tykhé, tem cabelos só na testa, de
modo que só pode ser agarrado estando de frente, não podendo ser apanhado de
novo ao dar as costas.
Falar e calar,
fazer e deixar fazer o que se deve no momento que se deve, carece da mestria
do tempo kairológico em que, di-lo François Jullien, o instante se torna de repente uma chance. Sabiam-no os sofistas na
oratória, sabe-o o ladrão na ocasião, o pecador na tentação, os técnicos do FMI na reestruturação.
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