quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O governo é muito bom a garantir a preservação do estado social. Não fosse o caso de, num exercício de quase auto-contradição performativa, ser melhor ainda a destruí-lo, ficaríamos convencidíssimos desse desiderato. A estória não se repete. Um homem laborioso tinha uma mula forçuda

O governo é muito bom a garantir  a preservação do estado social. Não fosse o caso de, num exercício de quase auto-contradição performativa, ser melhor ainda a destruí-lo, ficaríamos convencidíssimos desse desiderato.
A estória  não se repete. Um homem laborioso tinha uma mula forçuda, mas decidiu que a mula comia demais, e toca de reduzir o a forragem e a muscambilha, mão-ante-mão, dia-ante-dia. A bestiaga foi-se aguentando na jorna árdua até que, volvidos cincos dias após o dono ter cortado de vez o viático, morreu. Perguntou-lhe o compadre pela mula e respondeu-lhe o simples que tinha morrido, ora vejam lá a malandra, agora que não lhe dava despesinha nenhuma. Para acabar e não acabar como Esopo, ho mythos deloí, a estória não mostra uma coisa: a má-fé, a cavilação cínica e merdosa da personagem governo.



Sem comentários:

Enviar um comentário