Na pregressa semana,
foi a palavra gorda que sobrepairou em paro pela blogosfera. Foi, mas, em bom
rigor, não devia ter sido. Teria sido uma semana com mais propriedade se, em
vez do fordo vocábulo gorda, a palavra senha tivesse sido voluptuosa - palavra pretensiosa e acima das minhas possibilidades, mas que casa melhor o
som e o sentido, o sentido e a coisa. Ou então, ideio eu, o vocábulo planturosa,
que não cheira tanto aos sacristas moralistas franceses e tem menor sugestão
erótica.
O jornal Folha de S. Paulo, que tem cronistas
que dão tratos de polé à língua – e assim
é que é -, noticiava recentemente a chegada ao Brasil da rapper com corpão
voluptuoso, e os leitores perceberam logo. E mesmo que fosse um
corpinho, não deixaria de ser um corpão, desde que fosse voluptuoso. Afinal, e bem
vistas as coisas com olho gordo, embora não possamos dizer que o bikini da
Jessica Athayde seja o bikini do Millôr, o bikini que começa de repente e acaba subitamente, isto é, num comenos, talvez
possamos sugerir sem malícia que o bikini da voluptuosa Athayde demora só um pouco
mais.
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