segunda-feira, 13 de abril de 2015

Sloterdijk Para Sampaio da Nóvoa e Paulo Morais

A propósito da crise da credibilidade política, e num capítulo epigrafado com uma citação de Juvenal, Difficile est satyram non scribere (É difícil não escrever uma sátira), o filósofo alemão Peter Sloterdijk rememora no livro Mobilização Infinita uma singular tradição política romana. Sempre que um cidadão se apresentava como candidato a um cargo público, desfilava pela cidade usando uma toga imaculadamente branca, asseverando assim aos seus concidadãos a condição de «candidus», cândido, isto é, candidatum. O que queriam eles dar a saber? Segundo Sloterdijk, os Candidati desejavam dar a “saber que estavam dispostos a perder a sua inocência; eram «as noivas» do princípio da realidade, cujo potencial de desfloração é lendário desde o tempo dos Romanos”.

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