A este empenho, uma das
densíssimas personagens de Nemésio inquiriria: mas para que é que um homem de calças precisa de latim?
Fernando de Bulhões,
vulgo santo António, dizia que não é
sábio quem sabe mais do que é preciso, mas o saber sobre o que é preciso
aprender e ensinar carece de uma reflexão filosófica não trivial, que sobrepuje
as orientações políticas liberais do sistema de ensino das democracias (entre
as quais o infognosticismo e a lengalenga da ligação às empresas são exemplos
risíveis), já que estas menorizam as Letras, mingam os já depauperados
orçamentos dos departamentos de Artes e Humanidades, e consideram supérfluos e
ociosos todos os saberes que não se concretizem numa estrita techné.
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