terça-feira, 8 de setembro de 2015

A Festa do Avante é uma singularidade cósmico- sociológica, diz-se, e é aí mesmo que Jesus pode descer à terra e ver dezenas de jovens comunistas a reclamarem selfies do Professor Marcelo. Por aqui, estou como Tertuliano: creio porque é absurdo.


Quando se fala sobre a constelação política portuguesa, não raro se sublinha a bizarria eleitoral e sociológica de o Partido Comunista valer dois dígitos. Numa economia tardo-capitalista - dizem algumas luminárias que invocam logo de mansinho o seu atavismo seguidista - esta bizarria não é menos ininteligível do que a dogmática da Santíssima Trindade ou, sopram outros nada versados em Teologia, o lançamento da candidatura de um presuntivo candidato do centro-direita na festa do Avante. A Festa do Avante é uma singularidade cósmico- sociológica, diz-se, e é aí mesmo que Jesus pode descer à terra e ver dezenas de jovens comunistas a reclamarem selfies do Professor Marcelo. Por aqui, estou como Tertuliano: creio porque é absurdo.

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