Quando se fala sobre a constelação
política portuguesa, não raro se sublinha a bizarria eleitoral e sociológica de
o Partido Comunista valer dois dígitos. Numa economia tardo-capitalista - dizem
algumas luminárias que invocam logo de mansinho o seu atavismo seguidista - esta
bizarria não é menos ininteligível do que a dogmática da Santíssima Trindade
ou, sopram outros nada versados em Teologia, o lançamento da candidatura de um
presuntivo candidato do centro-direita na festa do Avante. A Festa do Avante é
uma singularidade cósmico- sociológica, diz-se, e é aí mesmo que Jesus pode
descer à terra e ver dezenas de jovens comunistas a reclamarem selfies do Professor Marcelo. Por aqui,
estou como Tertuliano: creio porque é absurdo.
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