A consumpção dos
professores, o burnout, faz-se com
muita lenha: os terrores da performance
dos intermináveis relatórios, actas, avaliações e reuniões; alunos e pais
hostis, para os quais a escola é território inimigo a conquistar e submeter; o alheamento
pedagógico da gestão escolar, para a qual o cargo directivo é, não raras vezes,
a deserção possível do campo de batalha das salas de aulas ou o ensejo derradeiro de carreira
diversa; a emulação inter pares,
obsidiada pelos terrores da avaliação docente, que é hoje uma ideologia poderosa e um mecanismo puramente
gestionário.
Depois do caminho de fogo - já extinto - sobeja um catedralício espaço vazio que é necessário ocupar. E
como de catedral se trata, porque não recolhermo-nos aos mestres parisienses a
que musicologia deu o nome de Escola de Notre-Dame. As polifonias parisienses
sempre foram magnificentes a preencher espaços vazios e amanhã há mais.
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