sábado, 2 de janeiro de 2016

Num momento de desvario e exaltação etílica fez votos de Ano Novo irrealistas? Prometeu deixar de espreitar o softporn da net, aprender Hebraico e passear o cão uma vez por semana? Nesse caso, a Teoria da Procrastinação Estruturada do emérito filósofo de Stanford, John Perry, irá ajudá-lo. Como?


Num momento de desvario e exaltação etílica fez votos de Ano Novo irrealistas? Prometeu deixar de espreitar o softporn da net, aprender Hebraico e passear o cão uma vez por semana? Nesse caso, a Teoria da Procrastinação Estruturada do emérito filósofo de Stanford, John Perry, irá ajudá-lo. Como? Este livrinho vai ensiná-lo a pôr de parte as coisas que é necessário fazer, fazendo outras que as substituam e evitar assim a temível angústia do "inconseguimento"(que no dia 31 de Dezembro de 2016 gerará, inexoravelmente, o dobro da exaltação etílica e o dobro de votos de Ano Novo). Trata-se, simplesmente, de estruturar e hierarquizar as obrigações, de modo a que adiar não signifique nada fazer, mas sim realizar coisas aparentemente fáceis que nos libertem da premência de concretizar as difíceis. Contrariamente ao que se pensa, os procrastinadores são grandes fazedores: um procrastinador pode diferir para as calendas gregas o fim do voyeurismo softporn e adiar a aprendizagem do Hebraico, mas para que esse adiamento seja possível, produtivo e não gere a angústia do "inconseguimento", acaba por fazer outra coisa. O quê? Passear o cão uma vez por mês.

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