segunda-feira, 20 de junho de 2016

Cada intervenção pública de Marcelo ilustra, com mestria e exemplaridade antológica, o conceito de auto-contradição performativa...

De cada vez que Marcelo acha, crê, assevera, garante, jura e trejura, o acto linguístico da sua enunciação gera, paradoxalmente, o contrário do que achou, acreditou, asseverou, garantiu, jurou e trejurou. Se Marcelo "garante estabilidade, pelo menos até às autárquicas", enunciá-lo é começar a socavar essa estabilidade. Se Marcelo "não acha que o Governo vá cair por causa das autárquicas", então o governo já começou a cair por causa das autárquicas. Cada intervenção pública de Marcelo ilustra, com mestria e exemplaridade antológica, o conceito de auto-contradição performativa, isto é, se Marcelo asseverasse que Cristo não ia descer à Terra, começariam a ouvir-se, num ápice, as trombetas do apocalipse.

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