Ano
Novo, s.m. Período de tempo que começa bem, com efusões, libações, promessas, votos, e depois de 364 dias de tédio acaba melhor com mais libações,
promessas e votos; os vindouros 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12
segundos de inveja própria e prosperidade alheia; Bierce definia o ano como um período de trezentas e sessenta e
cinco decepções; daqui se cogita ser o Ano Novo um período de trezentas e
sessenta e cinco velhas decepções; entra, pendularmente votivo, com juras de
virtude dietética – fim do fumo, da beberrice e da comilança –, acaba,
pendularmente luculiano, com ameaços de enfartamento e síndrome de intoxicação
etílica; o velho, maquilhado como
uma balzaquiana fanada.
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