segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Diário dos Perplexos/ E a melhor definição de "politicamente correcto" é...

Volvido um par de semanas sobre a invocação de Masoch por Cavaco Silva a propósito da dívida que nos derreia mas não derreia, e eis que um presuntivo grupo de zelotas sádicos, professos quiçá do ai aguenta aguenta, ameaçava promover uma acção de apoio à troika. O que se diria? Nada. Soçobraríamos na mornidão dos truísmos do politicamente correcto: que também têm direito, e a liberdade de expressão pois então, e o não concordo com o que dizes mas defenderei até à morte o direito de o dizeres, e mais isto, e mais aquilo. Pois é. O politicamente correcto é um passe-partout retórico e doutrinário que, segundo uma novel definição, digna do Dicionário do Diabo do Bierce, sustenta a ideia de que é inteiramente possível pegar num pedaço de merda pelo lado limpo. Ora, hoc opus, hic labor est, aqui é que a porca torce o rabo. Não é.

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