Volvido um par de
semanas sobre a invocação de Masoch por Cavaco Silva a propósito da dívida que
nos derreia mas não derreia, e eis que um presuntivo grupo de zelotas sádicos, professos
quiçá do ai aguenta aguenta, ameaçava promover uma acção de apoio à troika. O
que se diria? Nada. Soçobraríamos na mornidão dos truísmos do politicamente
correcto: que também têm direito, e a liberdade de expressão pois então, e o
não concordo com o que dizes mas defenderei até à morte o direito de o dizeres,
e mais isto, e mais aquilo. Pois é. O politicamente correcto é um passe-partout retórico e doutrinário que,
segundo uma novel definição, digna do Dicionário
do Diabo do Bierce, sustenta a ideia de que é inteiramente possível pegar num pedaço de merda pelo lado limpo. Ora,
hoc opus, hic labor est, aqui é que a
porca torce o rabo. Não é.
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