Nada de hagiografias e
apólogos simplistas. Um santo, di-lo Bierce, é um pecador morto, revisto e
corrigido, sendo que um pecador vivo é um quase beato, bastando para tal
morrer, vestir-lhe o fato, esticá-lo inteiro e chamar o defunteiro.
Fazer a guerra quando não
se pode ter a paz, fazer a paz quando não se pode ter a guerra, sempre foi
humano, demasiado humano. Nem sempre é fácil fazê-lo bem, e é por isso que
faz sentido gastar cera com tamanho defunto. Mas, em verdade vos
digo, apesar de não ser dos do Maniqueu, não foi fácil conter os engulhos quando vi alguns
líderes nas cerimónias, presença que comprova, aliás, que o odor de santidade continua a
açodar muita gentalha.
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